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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Diabetes Mellitus

Dizer que uma pessoa tem diabetes é o mesmo que dizer que ela tem uma quantidade de açúcar no sangue acima do que seria normalmente esperado. Aparentemente isso pode não explicar muito, mas acontece que o excesso de açúcar e as alterações hormonais que o acompanham costumam agredir os vasos sanguíneos e alguns dos principais órgãos do nosso corpo. A pergunta que logo vem à mente, então, é: por que essas pessoas acumulam quantidade maior de açúcar no sangue? A resposta está ligada a um hormônio bastante conhecido: a insulina. Para entender melhor, imagine que você esteja dirigindo e seu carro começa a falhar. No painel, uma luz indica que é preciso reabastecê-lo. Após encher o tanque, o automóvel volta a funcionar. Agora pense na mesma situação acontecendo com o seu corpo. Assim como o veículo, a máquina humana precisa de combustível para entrar em ação. Se faltar gasolina, o organismo sofre as conseqüências. Nosso combustível é a glicose (açúcar) retirada dos alimentos, que produz a energia necessária para sobrevivermos. Da mesma forma que a gasolina necessita de uma mangueira para ser colocada no tanque, a glicose precisa da insulina, hormônio fabricado no pâncreas que facilita a entrada do açúcar nas células. Só que para quem tem diabetes esse mecanismo não funciona assim. Quando o organismo não produz, produz insuficientemente ou não processa a insulina de forma adequada, a glicose não consegue chegar dentro da célula. Parte dela é eliminada na urina e o restante vai se acumulando no sangue, tornando-se tóxica e podendo levar a uma série de conseqüências.
Tipo 1
Em geral, o diabetes tipo 1 se inicia na infância ou na adolescência e necessita ser tratado com insulina durante toda a vida. Nesse tipo de diabetes, o pâncreas progressivamente não consegue mais produzir insulina em quantidades suficientes até chegar ao ponto de incapacidade total. O diabetes tipo 1 manifesta-se geralmente de maneira abrupta, com sintomas importantes de hiperglicemia (excesso de sede e fome, aumento do volume e freqüência da urina), acompanhados de perda de peso. A doença aparece de forma tão repentina que, muitas vezes, o diagnóstico é feito somente quando a pessoa chega ao pronto-socorro com sintomas bastante intensos, como profundo mal-estar, desidratação, queda da consciência e níveis de glicemia sempre muito altos, na faixa dos 400 a 600 mg/dL. O hálito torna-se adocicado (conhecido como hálito cetônico), em função da grande quantidade de cetonas. As cetonas são fruto da quebra de moléculas de gordura que procuram substituir a glicose como fonte de energia.
Tipo 2
O diabetes tipo 2 está bastante relacionado com o excesso de peso, mas também influem fatores como o tabagismo, o sedentarismo, a hipertensão arterial e o histórico familiar. Em geral, surge em adultos a partir dos 30-40 anos ou em adolescentes que já apresentam excesso de peso. É o tipo mais comum de diabetes, correspondendo a 90% de todos os casos. No diabetes tipo 2, o pâncreas inicialmente funciona bem. O problema está nas células de nosso corpo, principalmente dos músculos e de órgãos como o fígado, que mesmo na presença de insulina não conseguem absorver bem a glicose do sangue. Trata-se de um defeito genético que pode ser agravado por diferentes fatores de risco. Diferentemente do diabetes tipo 1, em que os sintomas surgem de forma abrupta e de maneira pronunciada, o diabetes tipo 2 apresenta poucos sintomas, mas pode manifestar as mesmas complicações crônicas do diabetes tipo 1. Por isso, é fundamental que se examinem periodicamente os níveis de glicemia, principalmente a partir dos 40 anos ou naqueles que têm aumento de peso, colesterol elevado ou pressão alta.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

HIPERTENSÃO ARTERIAL - INTRODUÇÃO

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.

Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.

Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

O que é?

Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.

Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.

Cuidados para medir a pressão arterial

Alguns cuidados devem ser tomados, quando se verifica a pressão arterial:


repouso de 15 minutos em ambiente calmo e agradável
a bexiga deve estar vazia (urinar antes)
após exercícios, álcool, café ou fumo aguardar 30 minutos para medir
o manguito do aparelho de pressão deve estar firme e bem ajustado ao braço e ter a largura de 40% da circunferência do braço,sendo que este deve ser mantido na altura do coração
não falar durante o procedimento
esperar 1 a 2 minutos entre as medidas
manguito especial para crianças e obesos devem ser usados
a posição sentada ou deitada é a recomendada na rotina das medidas
vale a medida de menor valor obtido

Níveis de pressão arterial

A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassar a 130 e a diastólica (mínima) for inferior a 85 mmHg.

De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas sejam repetidas pelo menos em duas ou mais visitas clínicas.

No quadro abaixo, vemos as variações da pressão arterial normal e hipertensão em adultos maiores de 18 anos em mmHg:


SISTÓLICA DIASTÓLICA Nível
130 x 85 Normal
130-139 x 85- 89 Normal limítrofe
140 -159 x 90 - 99 Hipertensão leve
160-179 x 100-109 Hipertensão moderada
> 179 > 109 Hipertensão grave
> 140 >90 Hipertensão sistólica ou máxima

No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão.

A hipertensão arterial pode ser sistólica e diastólica (máxima e mínima) ou só sistólica (máxima). A maioria desses indivíduos, 95%, tem hipertensão arterial chamada de essencial ou primária (sem causa) e 5% têm hipertensão arterial secundária a uma causa bem definida.

O achado de hipertensão arterial é elevado nos obesos 20 a 40%, diabéticos 30 a 60%, negros 20 a 30% e idosos 30 a 50%. Nos idosos, quase sempre a hipertensão é só sistólica ou máxima.

Hipertensão arterial sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas.


No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva.
No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica (angina), insuficiência cardíaca, aumento do coração e, em alguns casos, morte súbita.
Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose.
No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.
No sistema visual, há retinopatia que reduz muito a visão dos pacientes.

Sedentarismo

O sedentarismo é considerada uma doença, que afeta muitas pessoas nos dias de hoje, principalmente pela modernização de algumas áreas profissionais, pois as pessoas se tornam acomodadas para evitar qualquer tipo de esforço físico.
Felizmente, existem alternativas fáceis que podem solucionar esse problema e trazer um resultado positivo para o bem-estar.

Algumas atividades diárias, principalmente feitas por donas de casa (lavar, cozinhar, limpar, passar, etc) aparentemente concentram o mesmo esforço de um esportista, porém é uma falsa impressão. Estudos revelam que essas pessoas se comparam a uma que trabalha durante o dia inteiro em um escritório (quase uma sedentária). Sem dúvida os movimentos do corpo são equivalentes, mas a capacidade cardio-respiratória do organismo não tem gerado nenhuma alteração.

Posso me considerar um sedentário?
Você pode se considerar um sedentário, a partir do momento que você não estiver disposto a praticar atividades físicas. Até mesmo uma simples caminhada até a padaria da esquina se torna algo cansativo. Isso é um grande indício de sedentarismo. Porém este tipo de avaliação só pode ser feita por um médico especialista, como um Angiologista que pode avaliar sua circulação sanguínea ou um médico especialista do esporte que é a mais recente especialidade que analisa profundamente a prática esportiva, e aplica diversos tipos de atividades físicas em benefício da saúde.

Como posso evitar o sedentarismo?
Você pode começar com exercício simples, como fazer caminhadas leves. Por exemplo: Surgiu um convite diferente hoje? Ao sair de casa você pode estacionar o seu carro a dois quarteirões antes, ou descer dois pontos de ônibus mais distantes do destino. Aproveite este percurso e de uma caminhada, este exercício já lhe trará resultados. Porém não acredite que isso lhe fará sair do grupo dos sedentários. Busque um auxílio médico e pratique os exercícios indicados com acompanhamento.

Como posso iniciar exercícios físicos?
Para iniciar qualquer tipo de atividade física você precisa de aconselhamento especializado. Isso irá lhe garantir segurança e evitar aborrecimentos com o seu corpo. Agende uma consulta com um médico especialista do esporte e veja se ele irá lhe pedir exames detalhados, pois isso irá ajudar a decidir como será sua adaptação aos exercícios físicos. Sem antes passar por esse estágio é inviável recomendar qualquer prática de esportes ou atividades físicas que não esteja de acordo com a realidade de cada caso.

É necessário fazer algum tipo de exame antes de iniciar as atividades físicas?
Sim. São necessários exames laboratoriais, espirométricos, atropométrica, potência muscular, flexibilidade articular e capacidade aeróbica, todas essas avaliações da aptidão física serão solcitadas pelo médico especialista.

Preciso de orientações para fazer atividades físicas?
Sim. Sobre orientação de um médico do esporte você evita complicações físicas, dores musculares, traumas e até mesmo lesões que só poderão ser tratadas com cirurgias. Uma orientação adequada lhe dará uma direção mais realista de quais os exercícios você poderá praticar e para quais exercícios você poderá progredir.

Por que um personal trainer ou médico do esporte?
Porque apenas um profissional médico capacitado ou um personal trainer está apto a recomendar quais os tipos de exercícios apropriados para o seu corpo. É muito comum que a atividade física desorientada gere ainda mais complicações, por exemplo, uma pessoa que exige mais que o seu corpo pode suportar tem maiores chances de distinções musculares ou qualquer outro tipo de lesão.

Quais os tipos profissionais que preciso buscar orientação?
São 03 tipos de profissionais: o médico desportista, o educador físico e o nutricionista. O médico desportista vai investigar o histórico clínico, avaliar os exames e diagnosticar o melhor exercício a ser praticado, o educador físico vai acompanhar a execução sempre atento se os movimentos estão de corretos e de acordo, já o nutricionista vai instruir a alimentação composta por vitaminas, proteínas, carboidratos, etc que serão o complemento ideal para o tratamento completo.

Preciso sempre de um acompanhamento especializado?
As pessoas não são iguais e não há condições de classificar o tipo de atividade para todos. Podemos cair em um erro ao escolher uma modalidade sem um acompanhamento médico especializado.

Como evitar um sedentarismo?
Primeiro passo é a adesão ao exercício e uma mudança bem-sucedida do comportamento. Se você fuma, procure abandonar esse hábito, se o seu peso está muito fora do normal, é importante controlar a alimentação, se costuma identificar nível de stress também esteja atento(a) para acabar com ele.

Algumas pesquisam revelam que grande parte das pessoas desistem das atividades por alguns fatores sociais e pessoais, como: desanimar com muita facilidade, não fazer nada a mais do que o habitual, não se organizar ou ter uma personalidade agressiva. Sendo assim, uma mudança cultural sobre essas verdades psicológicas é o princípio para evitar o sedentarismo.

Sua confiança e determinação podem alterar consideravelmente a qualidade da sua vida.

Dores nas pernas e câimbras também são sintomas de varizes

Se você tem frequentes dores nas pernas, câimbras, sensação de cansaço ou inchaço após permanecer um período em pé ou sentada(o), isso pode ser um sinal de veias doentes (varizes).

Se você apresenta algum destes sintomas (dores nas pernas) procure um médico Angiologista e Cirurgião Vascular, preferencialmente com título de especialista, para que ele possa lhe avaliar e apresentar um diagnóstico mais preciso.
Caso seja identificado a necessidade de um tratamento, siga as orientações médicas para se prevenir de problemas mais graves, pois com o passar do tempo o quadro clínico pode evoluir para uma inflamação das veias, podendo chegar a escurecer a região próxima ao tornozelo e, nos casos mais graves, pode evoluir para úlcera de pernas e trombose. Não deixe uma simples dor nas pernas trazer consequências mais graves a sua saúde.